Safra da uva 2010

Miguel Alcara otimista com sua produção de uvas
O ano de 2010 foi um excelente ano para o cultivo das videiras avalia o vitivinicultor Miguel Alcara no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves. Embora o governo esteja pagando o valor de R$ 0,54 centavos ao quilo (preço mínimo até 15 graus), o clima e o tempo ajudaram muito, com isso a produção compensa em quantidade e qualidade. A expectativa da safra deste ano será em torno de 150 mil quilos de uva avalia o produtor.
Na foto acima, ao lado esquerdo, Miguel Alcara, na parte inferior, literalmente perdido em meio as videiras seu filho Miguel Júnior Alcara. Ao lado direito da foto, esse que vos escreve dando uma de entendido no assunto.

Parreirais Vale dos Vinhedos
As  parreiras  são plantas vigorosas, e se bem cuidadas, em dois anos já começam  produzir   seus primeiros frutos. Existem literalmente centenas de variedades de uvas e estas podem ser consumidas in natura, passas de uva industrializada,  doces, geléias, sucos, vinhos e espumantes.
As primeiras mudas de videira chegaram em Bento Gonçalves no ano de 1875 quando os primeiros imigrantes italianos aqui se estabeleceram. No início a produção era apenas para o consumo próprio de cada família.
Por volta de 1890 o êxito desse cultivo era tão surpreendente que os colonos iniciaram a comercialização do vinho para a capital do Estado e outras cidades.
Acervo: Museu do Imigrante
O transporte do vinho era feito no lombo de burros e mulas, alojado em dois barris de 40 litros cada, colocado um de cada lado do animal. As filas de 10 a 12 animais percorriam a distância entre a propriedade rural até os pequenos povoados onde havia uma casa de comércio ou armazém colonial. Os colonos negociavam seus produtos por troca. Trocavam vinho, queijo, porco, feijão, trigo, etc... por café, açúcar, tecidos, querosene e máquinas agrícolas. 

Colheita da uva. Fonte: Arquivo Histórico Municipal
A uva era colhida em balaios feitos com cipó e esmagado com os pés. A fermenta- ção se proces-sava em pipas de madeira instaladas no porão da casa, onde todas as operações da vinificação eram feitos pela própria família.
A foto ao lado demonstra como era um porão típico de um imigrante italiano que cultivava a vinha para a produção de vinhos: Cestos de cipó ou vime para a colheita e pipas de madeira para armazenar o vinho que deveria durar e abastecer o consumo da família até a colheita do ano seguinte.



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